quinta-feira, 3 de abril de 2008

O PODER DAS TERTÚLIAS

O Dalai Gama português, o Jaime, por motivos indecifráveis até para os seus correligionários de partido decidiu sair da pacatez de cadeirão resguardado pela dona república e veio a terreiro elogiar o ídolo do povo madeirense, Alberto João. Os mais incrédulos foram os adeptos rosas que vivem na ilha e sabem o que sofrem por não pertencerem à maioria que suporta o poder do soba Jardim. Não vou entrar nesta discussão. Cada um tem os ídolos que pode, que quer, que compra, que aluga, ou que adopta.

Os poderes e as questões à sua volta, têm, sempre tiveram, zonas de sombra onde quem não for iniciado ou conduzido à mão corre o risco de tropeçar ou enganar-se no rumo. As ruelas e becos podem levar a descaminhos. Para guiar os apaniguados pelos caminhos certos existem os santos. Cada partido ou religião tem os seus. Mas para além disso há solidariedades não escritas em letra, como acontece nas seitas, que vêm ao de cima quando menos se espera.

Qual a diferença entre O Dalai Gama, o Jardim ou outro soba que numa qualquer África estende o seu poder muito para lá dos limites da razão e das leis vigentes é uma questão que eu gostaria de perceber. Pode ser que com o tempo descubra. A leitura ajuda.

O último livro de Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário de Carlos Matos Gomes," Fala-me de África", descreve algumas formas de exercício do poder que embora tipificadas em África deambulam secreta e clandestinamente por aí em qualquer parte do mundo, da Europa, em Lisboa. O Carlos vai ser o convidado da próxima tertúlia que decorrerá no sítio do costume, na Fábrica de Braço de Prata, no Sábado dia 12, às 15 Horas. Apareçam.

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